As pessoas surdocegas formam um grupo caracterizado pela perda simultânea, em diferentes graus, da visão e da audição. Pelo fato de apresentarem perda concomitante de dois sentidos, suas limitações e desafios podem ser considerados mais profundos do que as pessoas só com cegueira ou só com surdez, porém, as limitações sensoriais não impedem que elas protagonizem a sua cidadania e cada vez mais se integrem ao Ensino Superior em seus três níveis: graduação, especialização e pós-graduação. Porém, o acesso dessas pessoas ao Ensino Superior necessita de acompanhamento de profissionais guias-intérpretes de Libras, sejam eles surdos ou ouvintes. No Brasil, não existem dados que especifiquem a quantidade dessas pessoas já formadas e/ou inseridas em algum curso do Ensino Superior, bem como os desafios enfrentados por elas durante essa fase de sua formação, bem como o tipo de comunicação utilizada por elas. Também, não existem dados que especifiquem o nível de formação dos profissionais que atuam /atuaram no acompanhamento dessas pessoas em suas trajetórias acadêmicas. Assim, por meio da pesquisa quali-quantitativa, não experimental-descritiva, este projeto busca levantar dados, ainda que parciais, referentes à quantidade de pessoas surdocegas já formadas e ou inseridas em cursos de nível superior, bem como seus desafios durante a fase de formação e o tipo de comunicação utilizado por elas e, também, identificar o perfil dos profissionais guiasintérpretes que atuam/atuaram com essas pessoas em suas trajetórias acadêmicas. Para isso, utilizaremos um questionário via Formulário Google para coletar os dados para a pesquisa. Não há limite de participantes e nem de área de abrangência. Espera-se a maior adesão possível, de todas as regiões do Brasil, para que possamos obter dados mais precisos relacionados as questões aqui elencadas.