É indiscutível o fato de que, nos últimos anos, vimos assistindo a um crescimento significativo do número de doutores que estão sendo formados no Brasil nas mais diversas áreas do conhecimento. Não constitui exagero afirmar isso sobre os avanços que presenciamos no campo dos estudos linguísticos. Nesse campo, nota-se uma diversidade considerável de pesquisas que abordam a linguagem/língua em interface com outras áreas do conhecimento, resultando em uma redefinição de fronteiras dos saberes no universo das Letras e da Linguística. Prova disso é que a comunidade científica e o CNPq vêm discutindo, já há algum tempo, uma nova proposta de nomenclatura para as áreas do conhecimento, com alteração de todas as grandes áreas e com a criação de 21 novos campos, incluindo mudança da grande área de Linguística, Letras e Artes para Linguagens e Artes. Esta nova perspectiva não nos permite pensar apenas em uma Linguística estrita, sem interfaces e diálogos com outros campos, mas exige uma outra postura frente ao tratamento do objeto, refletida em uma nomenclatura que possibilite abrigar a abrangência e a rede de interfaces que compõe a produção de seu conhecimento. A experiência acumulada pelo programa e pelos seus corpos discente e docente indica que a nomenclatura proposta abriga, de modo mais adequado, as iniciativas de pesquisa levadas a termo pelo grupo.