Identidade e diferença no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: discurso, interseccionalidade e subjetividade na contemporaneidade - Dra. Mariana Rafaela Batista Silva Peixoto
Publicado: 13/08/2025 - 14:36
Última modificação: 13/08/2025 - 14:36
Esta investigação pretende interrogar o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras a partir da intersecção identitária de gênero, sexualidade, raça-etnia e classe social. Territorializando-se no campo da Linguística Aplicada, na interface dos estudos feministas interseccionais (Crenshaw, 1989; Ribeiro, 2017; Akotirene, 2019; Collins, 2019), do discurso (Foucault, 1969; 1970) e da subjetividade (Freud, 1919; Lacan, 1998; Revuz, 1992; Coracini, 2003; 2007), este estudo possui como objetivo geral contribuir para as discussões sobre identidade e diferença no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, no Brasil. Especificamente, pretende-se: i) estudar as representações de gênero, sexualidade, raça-etnia, classe social e suas intersecções nas práticas discursivas em contextos formais de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras; ii) investigar as incidências subjetivas nas/das intersecções identitárias e seus afetamentos no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras; iii) problematizar as incidências de práticas discursivas hegemônicas na construção do imaginário brasileiro acerca do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras; e iv) rastrear as representações de identidade na (des)institucionalização de políticas públicas voltadas para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras. No que concerne à constituição dos corpora, esta se dará por meio da aplicação de questionários e realização de entrevistas orais semiestruturadas com docentes e discentes de cursos de licenciatura em Letras – com habilitação em línguas estrangeiras – de universidades brasileiras; aplicação de questionários e realização de entrevistas orais semiestruturadas com docentes de disciplinas de línguas estrangeiras de escolas brasileiras de educação básica; seleção de materiais didáticos de línguas estrangeiras aprovados pelo PNLD; e seleção de documentos institucionais voltados para implementação de políticas linguísticas educacionais. A análise dos corpora, por sua vez, consistirá no mapeamento das regularidades e dispersões enunciativas (Foucault, [1969] 2010).